Sequência
didática: Somos Todos Especiais – Livro Um Mundinho Para Todos de
Ingrid Biesemeyer Bellinghausen
No
início da aula dividi os alunos em trios nos tapetinhos de leitura,
conversamos sobre as atividades que seriam realizadas durante as
próximas semanas e que seriam sobre um tema, um assunto, muito
importante para que as pessoas possam viver bem uma com outras,
inclusive em sala de aula e que eles deveriam procurar descobrir esse
tema na leitura dos livros que seriam distribuídos. Depois
realizamos uma “roda de conversa” sobre os livros lidos e o que
eles poderiam ter em comum e qual seria o assunto que estaria
presente nas atividades a serem desenvolvidas.
Com os alunos ainda em trio passei no data - show vídeo O valor das
diferenças (https://www.youtube.com/watch?v=PPH2S1eynZ8)
e realizamos uma conversa sobre o que falava a musica do vídeo (O
que mostra o vídeo? Cite algumas diferenças mostradas nele. Você
acredita que possui uma dessas diferenças? Qual? Já foi “chateado”
por ter essa diferença? Como se sentiu? Como reagiu? O que na música
é considerado importante? Por quê? O que faz a vida legal segundo a
música? Por que ao mesmo tempo somos diferentes e iguais?). Uma das
minhas alunas nos relatou: “Profe eu me sinto muito triste quando
meu colega me chama de gorducha de baleia!”. Esse relato
proporcionou uma boa discussão sobre a necessidade de respeitarmos
as diferenças entre as pessoas.
Nas aulas seguintes realizei a exploração e a leitura do livro “Um
Mundinho Para Todos” de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, livro que
foi a base para realização de várias atividades de Língua
Portuguesa, tais como: lista, desenhos, análise de palavras,
produção de acrósticos, rimas e produção escrita a partir de
imagens do livro. Durante estas atividades a que mais precisou de meu
auxílio foram os acrósticos, pois os mesmos foram montados com
alfabeto móvel no chão para depois registrá-lo. Também aproveitei
na oralidade, na retomada de cada página do livro, trabalhar
assuntos relacionados à disciplina de Ciências (os sentidos, a
preservação e conservação da natureza, respeito às diferenças,
etc.).
Durante as aulas de Matemática voltei a fazer uso do livro, uma das
primeiras atividades realizadas foram as de estimativas baseadas nas
paginas 06 e 08, cujo palpites os alunos foram anotando e dizendo aos
colegas, depois contamos no coletivo e fui questionando se alguém
tinha acertado se tinham se aproximado e quem deu a resposta menos
próxima. Percebi que houve alunos que sentiram dificuldades em
entender o significado de “mais que...” e “menos que...”,
assim planejarei mais atividades referentes a esse conteúdo, bem
como, aproveitar as propostas nos cadernos do PACTO.
A próxima atividade foi o gráfico baseado nas cores das
janelas dos edifícios da página 14 do livro. Primeiramente
conversamos sobre as imagens relacionando-as com as figuras
geométricas presentes e a sua contagem, em seguida através de
votação os alunos escolheram o uso do gráfico de barras para
representar as quantidades. Comentei algumas das características
desse tipo de gráfico e com a colaboração de todos registrei-o no
quadro e os alunos na folha, na oralidade fiz alguns questionamentos
(qual cor de janela tinha em maior e em menor quantidade, diferença
entre uma e outra cor, total de janelas, etc.), mais tarde
retomaremos o gráfico pra realizar atividades escritas sobre o
mesmo.
Em outra aula de Matemática pedi aos alunos que completassem um
quadro a partir da ideia de que em vez de uma página 06 houvesse no
livro duas páginas iguais a esta, nesse quadro foi trabalhada a
adição e a noção de dobro, poucos alunos necessitaram de material
concreto para realizar as adições que na verdade eram simples. Após
completarem o quadro responderam algumas questões: que imagens
apareceriam em maior quantidade, em menor quantidade, quantas frutas
teriam a menos que árvores e se em cada ilustração tivesse 6
animais, quantos teriam ao todo.
Realizei com meus alunos um jogo matemático criado por mim, chamado
“O mundinho e seus valores” que teve por objetivo trabalhar a
ordem da unidade, da dezena e da centena. O jogo seguiu as seguintes
determinações:
- O “mundinho” foi preso ao quadro de recados disposto num local adequado e na altura que permitia o alcance dos alunos;
- Alunos foram divididos em grupos, cada qual com seu “homenzinho” (confeccionados anteriormente por mim) e na ordem dos jogadores, previamente escolhidos através da ordem alfabética;
- Cada jogador escreveu seu nome no Quadro de Pontuação, na coluna do seu Grupo conforme a ordem de jogada, bem como o nome dos integrantes dos demais grupos;
- Cada um na sua vez do grupo jogou o dado, observou a cor sorteada e colocou seu “homenzinho” nessa cor no “mundinho”;
- Registraram no quadro de pontuação a cor sorteada;
- Cada “homenzinho” que ficava na cor vermelha do “mundinho” valia 1 ponto (1 UNIDADE);
- Cada “homenzinho” que ficava na cor roxa do “mundinho” valia 10 pontos (1 DEZENA);
- Cada “homenzinho” que ficava na cor branca do “mundinho” valia 100 pontos (1 CENTENA);
- Ganhou o jogo o grupo que obteve a maior pontuação em cada rodada.
Antes de iniciar o jogo pedi aos alunos que observassem os grupos e
questionei se todos tinham a mesma quantidade de elementos, após a
observação todos disseram que não e um dos alunos completou “Três
grupos estão em quatro colegas e dois grupos têm cinco!”. Então
perguntei se os grupos com menos elementos teriam a mesma chance de
ganhar o jogo que os grupos com cinco elementos, se isso era justo e
o que poderíamos fazer para que isso não acontecesse. Logo
responderam que esses grupos não teriam a mesma chance e que também
não seria justo. Quanto ao que fazer um aluno disse: “Podemos
pedir pra vir alunos de outra sala!" Então questionei: “Será
que a professora dessa turma deixaria vir alguns de seus alunos pra
fazer o jogo?” Outra aluna respondeu: “Não, eles tem que fazer o
que a professora deles esta ensinando!” Continuei instigando os
alunos até que perceberam a necessidade de os grupos com menos
elementos realizarem uma jogada extra e para decidirem que faria essa
jogada os componentes desses grupos fizeram a brincadeira do Par ou
Ímpar.
Tomadas essas decisões realizamos o jogo e as devidas marcações no
Quadro de pontuação. Também fui registrando as jogadas no quadro
branco para tirar possíveis dúvidas e para a correção mais tarde.
Depois dessas marcações cada grupo completou o valor de cada jogada
e o total de pontos usando para isso o Material Dourado. Nesse
momento circulei entre os grupos ajudando com as dificuldades
surgidas, estando sozinha foi um tanto difícil acompanhar
adequadamente todos os grupos.
Ao final da correção do Quadro de pontuação, na oralidade
levantei vários questionamentos, tais como: Que grupo fez mais
pontos? Que grupo fez menos pontos? Quantas unidades de pontos
fizeram cada grupo? Quantas dezenas de pontos fizeram cada um dos
grupos? Algum grupo fez pontuação com a centena? Qual? E somou
quantos pontos? Qual a diferença de pontos entre o grupo que marcou
mais pontos e aquele grupo que marcou menos pontos? Quem foi o grupo
que ganhou o jogo?
Propus algumas questões para serem resolvidas e registradas pelo
coletivo usando o material do jogo: Para um grupo marcar 122 pontos
como os “homenzinhos” devem estar distribuídos no “mundinho”?
Se fossem 32 pontos? Se um grupo obteve a maior quantidade de pontos
possíveis no jogo onde estariam os “homenzinhos”? Quantos pontos
seriam?
Acredito que foi importante realizar esse jogo porque pude perceber o
avanço de alguns alunos em relação ao assunto, bem como a
necessidade de retomada para outros que ainda tem dificuldades.
Durante os próximos dias darei continuidade a essa sequência
didática, pois algumas atividades propostas (confecção dos painéis
de Arte e Ciências sobre os cuidados que podemos ter com a natureza,
as brincadeira de cabra-cega e castanha do Pará em Educação Física
e a música “Você vai gostar de mim” da Xuxa em Ensino
Religioso) não foram finalizadas devido ao fechamento de bimestre.
Obs..: Essa sequência didática apliquei na minha turma de 2º ano da segunda escola em que trabalho, mas como de certa forma era sobre o mesmo assunto resolvi postar!









Parabéns pelo belo trabalho!
ResponderExcluir