quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sequência didática


Sequência didática: Somos Todos Especiais – Livro Um Mundinho Para Todos de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen


No início da aula dividi os alunos em trios nos tapetinhos de leitura, conversamos sobre as atividades que seriam realizadas durante as próximas semanas e que seriam sobre um tema, um assunto, muito importante para que as pessoas possam viver bem uma com outras, inclusive em sala de aula e que eles deveriam procurar descobrir esse tema na leitura dos livros que seriam distribuídos. Depois realizamos uma “roda de conversa” sobre os livros lidos e o que eles poderiam ter em comum e qual seria o assunto que estaria presente nas atividades a serem desenvolvidas.
 
Com os alunos ainda em trio passei no data - show vídeo O valor das diferenças (https://www.youtube.com/watch?v=PPH2S1eynZ8) e realizamos uma conversa sobre o que falava a musica do vídeo (O que mostra o vídeo? Cite algumas diferenças mostradas nele. Você acredita que possui uma dessas diferenças? Qual? Já foi “chateado” por ter essa diferença? Como se sentiu? Como reagiu? O que na música é considerado importante? Por quê? O que faz a vida legal segundo a música? Por que ao mesmo tempo somos diferentes e iguais?). Uma das minhas alunas nos relatou: “Profe eu me sinto muito triste quando meu colega me chama de gorducha de baleia!”. Esse relato proporcionou uma boa discussão sobre a necessidade de respeitarmos as diferenças entre as pessoas.
Nas aulas seguintes realizei a exploração e a leitura do livro “Um Mundinho Para Todos” de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, livro que foi a base para realização de várias atividades de Língua Portuguesa, tais como: lista, desenhos, análise de palavras, produção de acrósticos, rimas e produção escrita a partir de imagens do livro. Durante estas atividades a que mais precisou de meu auxílio foram os acrósticos, pois os mesmos foram montados com alfabeto móvel no chão para depois registrá-lo. Também aproveitei na oralidade, na retomada de cada página do livro, trabalhar assuntos relacionados à disciplina de Ciências (os sentidos, a preservação e conservação da natureza, respeito às diferenças, etc.).


Durante as aulas de Matemática voltei a fazer uso do livro, uma das primeiras atividades realizadas foram as de estimativas baseadas nas paginas 06 e 08, cujo palpites os alunos foram anotando e dizendo aos colegas, depois contamos no coletivo e fui questionando se alguém tinha acertado se tinham se aproximado e quem deu a resposta menos próxima. Percebi que houve alunos que sentiram dificuldades em entender o significado de “mais que...” e “menos que...”, assim planejarei mais atividades referentes a esse conteúdo, bem como, aproveitar as propostas nos cadernos do PACTO. A próxima atividade foi o gráfico baseado nas cores das janelas dos edifícios da página 14 do livro. Primeiramente conversamos sobre as imagens relacionando-as com as figuras geométricas presentes e a sua contagem, em seguida através de votação os alunos escolheram o uso do gráfico de barras para representar as quantidades. Comentei algumas das características desse tipo de gráfico e com a colaboração de todos registrei-o no quadro e os alunos na folha, na oralidade fiz alguns questionamentos (qual cor de janela tinha em maior e em menor quantidade, diferença entre uma e outra cor, total de janelas, etc.), mais tarde retomaremos o gráfico pra realizar atividades escritas sobre o mesmo.
Em outra aula de Matemática pedi aos alunos que completassem um quadro a partir da ideia de que em vez de uma página 06 houvesse no livro duas páginas iguais a esta, nesse quadro foi trabalhada a adição e a noção de dobro, poucos alunos necessitaram de material concreto para realizar as adições que na verdade eram simples. Após completarem o quadro responderam algumas questões: que imagens apareceriam em maior quantidade, em menor quantidade, quantas frutas teriam a menos que árvores e se em cada ilustração tivesse 6 animais, quantos teriam ao todo.
Realizei com meus alunos um jogo matemático criado por mim, chamado “O mundinho e seus valores” que teve por objetivo trabalhar a ordem da unidade, da dezena e da centena. O jogo seguiu as seguintes determinações:
  • O “mundinho” foi preso ao quadro de recados disposto num local adequado e na altura que permitia o alcance dos alunos;
  • Alunos foram divididos em grupos, cada qual com seu “homenzinho” (confeccionados anteriormente por mim) e na ordem dos jogadores, previamente escolhidos através da ordem alfabética;
  • Cada jogador escreveu seu nome no Quadro de Pontuação, na coluna do seu Grupo conforme a ordem de jogada, bem como o nome dos integrantes dos demais grupos;
  • Cada um na sua vez do grupo jogou o dado, observou a cor sorteada e colocou seu “homenzinho” nessa cor no “mundinho”;
  • Registraram no quadro de pontuação a cor sorteada;
  • Cada “homenzinho” que ficava na cor vermelha do “mundinho” valia 1 ponto (1 UNIDADE);
  • Cada “homenzinho” que ficava na cor roxa do “mundinho” valia 10 pontos (1 DEZENA);
  • Cada “homenzinho” que ficava na cor branca do “mundinho” valia 100 pontos (1 CENTENA);
  • Ganhou o jogo o grupo que obteve a maior pontuação em cada rodada.
Antes de iniciar o jogo pedi aos alunos que observassem os grupos e questionei se todos tinham a mesma quantidade de elementos, após a observação todos disseram que não e um dos alunos completou “Três grupos estão em quatro colegas e dois grupos têm cinco!”. Então perguntei se os grupos com menos elementos teriam a mesma chance de ganhar o jogo que os grupos com cinco elementos, se isso era justo e o que poderíamos fazer para que isso não acontecesse. Logo responderam que esses grupos não teriam a mesma chance e que também não seria justo. Quanto ao que fazer um aluno disse: “Podemos pedir pra vir alunos de outra sala!" Então questionei: “Será que a professora dessa turma deixaria vir alguns de seus alunos pra fazer o jogo?” Outra aluna respondeu: “Não, eles tem que fazer o que a professora deles esta ensinando!” Continuei instigando os alunos até que perceberam a necessidade de os grupos com menos elementos realizarem uma jogada extra e para decidirem que faria essa jogada os componentes desses grupos fizeram a brincadeira do Par ou Ímpar.
Tomadas essas decisões realizamos o jogo e as devidas marcações no Quadro de pontuação. Também fui registrando as jogadas no quadro branco para tirar possíveis dúvidas e para a correção mais tarde. Depois dessas marcações cada grupo completou o valor de cada jogada e o total de pontos usando para isso o Material Dourado. Nesse momento circulei entre os grupos ajudando com as dificuldades surgidas, estando sozinha foi um tanto difícil acompanhar adequadamente todos os grupos.



 
Ao final da correção do Quadro de pontuação, na oralidade levantei vários questionamentos, tais como: Que grupo fez mais pontos? Que grupo fez menos pontos? Quantas unidades de pontos fizeram cada grupo? Quantas dezenas de pontos fizeram cada um dos grupos? Algum grupo fez pontuação com a centena? Qual? E somou quantos pontos? Qual a diferença de pontos entre o grupo que marcou mais pontos e aquele grupo que marcou menos pontos? Quem foi o grupo que ganhou o jogo?
Propus algumas questões para serem resolvidas e registradas pelo coletivo usando o material do jogo: Para um grupo marcar 122 pontos como os “homenzinhos” devem estar distribuídos no “mundinho”? Se fossem 32 pontos? Se um grupo obteve a maior quantidade de pontos possíveis no jogo onde estariam os “homenzinhos”? Quantos pontos seriam?
Acredito que foi importante realizar esse jogo porque pude perceber o avanço de alguns alunos em relação ao assunto, bem como a necessidade de retomada para outros que ainda tem dificuldades.
Durante os próximos dias darei continuidade a essa sequência didática, pois algumas atividades propostas (confecção dos painéis de Arte e Ciências sobre os cuidados que podemos ter com a natureza, as brincadeira de cabra-cega e castanha do Pará em Educação Física e a música “Você vai gostar de mim” da Xuxa em Ensino Religioso) não foram finalizadas devido ao fechamento de bimestre. 
Obs..: Essa sequência didática apliquei na minha turma de 2º ano da segunda escola em que trabalho, mas como de certa forma era sobre o mesmo assunto resolvi postar!

Atividades dos alunos sobre o bullying










A escola realizou no 2º trimestre o projeto "Resgatando valores" e um dos temas foi sobre bullying, envolvendo as disciplinas de História, Língua Portuguesa e Matemática.

Mensagem inicial!

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

Paulo Freire